NoticiasDetalhe

Notícia

Criminal
MPRJ denuncia e obtém prisão de quatro pessoas da mesma família por extorsão mediante sequestro, em Petrópolis
Publicado em Mon May 20 08:04:27 GMT 2024 - Atualizado em Mon May 20 08:04:18 GMT 2024

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Petrópolis, denunciou à Justiça, no dia 14 de maio, quatro pessoas envolvidas no desaparecimento de uma mulher. A pedido da PIP de Petrópolis, o Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Petrópolis decretou as prisões preventivas dos acusados. Os denunciados estão presos. 

A vítima desapareceu em 29 de fevereiro deste ano, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. De acordo com as investigações, o mentor do crime, funcionário da família das vítimas há aproximadamente três anos, aproveitando-se da confiança nele depositada pela família e do conhecimento sobre a sua rotina, arquitetou o plano criminoso e contou com o auxílio dos filhos e de uma mulher, com quem mantinha relacionamento amoroso, para sua execução.

De acordo com apurado, o idealizador do sequestro apresentou-se à família como policial federal, sem ser, no entanto, conquistando, de imediato, a sua confiança e, assim, passou a realizar a segurança pessoal dos seus integrantes, além de ter acesso irrestrito a cartões de crédito e às respectivas senhas.

A denúncia do MPRJ também destaca que o marido da vítima, sem conhecimento da verdadeira identidade dos sequestradores, pagou o resgate de aproximadamente R$ 4,6 milhões para libertá-la, o que, no entanto, não ocorreu até o oferecimento da denúncia. 

Ainda segundo a denúncia, a vítima despareceu em 29 de fevereiro, mas somente em 14 de março o caso foi levado ao conhecimento da Polícia Civil. A ideia de não levar os fatos ao conhecimento das autoridades locais partiu do próprio funcionário das vítimas, retardando o início das investigações. 

De acordo com as diligências investigatórias realizadas pelo MPRJ e pela Polícia Civil, o homem, idealizador do sequestro, e os demais acusados, foram os reais beneficiários do valor pago a título de resgate.

No dia do pagamento do resgate, o grupo criminoso adquiriu um veículo de luxo, avaliado em RS 500 mil, pagos em espécie. Além do veículo, uma motocicleta e 950 celulares foram adquiridos pelos acusados com o dinheiro obtido ilicitamente. 

A inicial da ação penal também destaca que o marido da mulher desaparecida realizou mais de quarenta transferências bancárias por orientação do funcionário e em contas por ele indicadas para aquisição de dólares, também para pagamento do resgate. 

A linha de investigação da Promotoria de Justiça e da 105ª Delegacia de Polícia aponta para suspeitas de que a vítima sequestrada foi assassinada pelo grupo e teve seu cadáver ocultado, motivo pelo qual as investigações prosseguirão em procedimento investigatório criminal próprio. Também há indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que serão devidamente apurados. 

Por MPRJ

150 VISUALIZAÇÕES*
*Fonte: Google Analytics
(Dados coletados diariamente)

Link Ver Todos

Compartilhar

Compartilhar