O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Barra do Piraí, realizou reunião na quinta-feira (28/03), para tratar do possível colapso na barragem da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Mello, localizada em Rio Preto (MG), cidade que faz divisa com os municípios de Valença, Rio das Flores, e Levy Gasparian, no Sul Fluminense. Estiveram na sede do MP em Barra do Piraí representantes da Vale S/A e dos municípios de Valença e Rio das Flores.
 
Os representantes da Vale esclareceram que a barragem PCH Mello entrou em estado de emergência, entre os dias 16 e 19 de março, em razão do protocolo estabelecido por empresa de consultoria. Com isso, foi acionada a defesa civil de alguns municípios, dentre eles o de  Valença, que vem a ser o único município fluminense que poderia ser atingido com o eventual rompimento da barragem. Assim, de acordo com eles, a notícia inicial de que outros municípios fluminenses seriam atingidos, não condiz com os estudos.

A área potencialmente atingida abrangeria apenas os municípios de Rio Preto e Valença, às margens do Rio Preto. Em Valença, especificamente, Parapeúna (distrito) e as localidades de Alberto Furtado e Chalé). Os planos de ação de emergência da usina e da barragem foram entregues aos municípios de Valença e Rio Preto em 2017.
 
Diante do estado de emergência, os municípios de Valença e Rio Preto, em um primeiro momento, acionaram um plano de evacuação, com auxílio da Vale. Passado o momento emergencial, foi criado um plano de contingência pelo município de Valença e realizadas simulações de evacuação, sinalização do local, orientação da população local, entre outras medidas
 
Ao final da reunião, o promotor de Justiça Gustavo Nacarath solicitou aos representantes da Vale o encaminhamento de documentos relativos às informações apresentadas na reunião, como o estudo sobre a área de alagamento e o plano de ação na barragem e da usina, dentre outras informações.