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MPRJ denuncia traficantes por homicídios cometidos pelo simples fato de as vítimas terem relação com policiais
Publicado em Wed Mar 28 09:55:00 GMT 2018 - Atualizado em Wed Mar 28 09:54:53 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio da 7ª Promotoria de Investigação Penal da 3ª Central de Inquéritos, denunciou quatro traficantes de Belford Roxo por homicídio e tentativa de homicídio qualificados. A denúncia relata que a quadrilha assassina as vítimas pelo simples fato de elas terem alguma ligação com policiais, ainda que só de amizade.
 
Sob a liderança de Cremilson Almeida de Souza, conhecido como Coroa, no dia 1º de janeiro deste ano, os criminosos mataram a tiros Wellington Figueira, conhecido como Pezão. A vítima foi alvo do crime em razão de ter passado parte da tarde em um bar bebendo com um amigo policial.  
 
No mesmo dia, os denunciados tentaram matar Osiel de Paula Resende porque este também teria relação com policiais. A vítima estava na porta de casa quando um dos bandidos desembarcou de um carro e atirou diversas vezes contra ela, que conseguiu se esquivar e entrar em luta corporal com o agressor. Esgotadas as munições, os denunciados partiram em fuga do local.  

Além de Cremilson, foram denunciados Wallace Feliz Lima, vulgo Lace; Julio Augusto Conceição Barros da Silva, vulgo Pará; e Marcelo Fernandes Silva, vulgo Jebe.
 
De acordo com as investigações, há ordem expressa de “Coroa” para que os traficantes matem todos os policiais, militares e pessoas que tenham alguma relação com eles na região do Vale do Ipê, em Belford Roxo. O traficante chegou a divulgar uma lista de pessoas a serem mortas por este motivo.
 
Ainda segundo o MPRJ, a liderança de “Coroa” em comunidades de Belford Roxo está estabelecida  pelo menos desde 2016, com recorrentes homicídios praticados em decorrência da rivalidade entre traficantes, policiais e outras desavenças.  Foi na região dominada por ele que o policial militar Daniel dos Santos e Silva foi morto, em maio de 2017, após acessar a comunidade Parque Roseiral atrás de um balão em queda. Ele entrou na comunidade por equívoco junto com um grupo de amigos e, ao ser abordado por integrantes do tráfico, foi reconhecido como policial e baleado ao tentar fugir. As investigações foram realizadas pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

 

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